Compartilhamento de espaços, redução de custos e visibilidade dos produtos são objetivos da loja colaborativa instalada dentro do Cais Coworking
“Pense fora da caixa”. Você já deve ter escutado essa expressão que estimula as pessoas a irem além, saírem da zona de conforto e ampliarem suas ideias. Mas numa nova e forte tendência de modelo de negócio, a expressão muda um pouco: “pense dentro da caixa”. A intenção não é fazer as pessoas terem visões fechadas e engessadas, pelo contrário. O objetivo é pensar literalmente dentro de pequenos caixotes de madeira, nichos, estantes. É por meio desses quadradinhos que um novo jeito de empreender está se disseminando. Loja colaborativa, já ouviu falar?!
A ideia é estimular a criatividade, mas de um jeito diferente, consumindo menos e compartilhando mais. Na prática, empreendedores se unem para reduzir custos e aumentar a visibilidade da sua marca, usando um mesmo espaço e trocando serviços. Em grandes capitais, esse conceito já ganhou muito adeptos. São microempreendedores que não possuem orçamento para grandes investimentos, mas querem ter um local para comercializar seus produtos, torná-los visíveis e conhecidos. É também uma ótima forma de testar a receptividade do público em relação a um determinado item. Funciona assim: uma loja serve como “âncora”, disponibilizando espaços para que mercadorias diversas possam ser expostas e vendidas, mediante locação desses nichos ou prateleiras.
Em Cascavel, esse conceito está chegando para atender uma crescente demanda: a de vendedores que não possuem um endereço fixo para comercializar seus artigos. A empresária Cláudia da Silva Frantiozi foi quem percebeu que esse perfil de empreendedor precisava de uma atenção maior. Proprietária do Cais Coworking, que já dissemina a economia criativa há seis anos, ela notou a necessidade de um ambiente coletivo para exposição e venda dos produtos. “Um dia, estávamos com uma cliente que comercializa joias no Cais. Ela queria locar uma sala para vender os produtos, mas estávamos com todas as salas de reunião lotadas. Então, ela sugeriu: Claudia, bem que você poderia ter um espaço próprio para nós vendedores, já que existem tantas pessoas que procuram o Cais para isso. Achei uma boa ideia e já pedi para o arquiteto ajustar o conceito ao nosso coworking”, conta Claudia.
A loja colaborativa do Cais foi projetada com boxes, araras, prateleiras e gavetas que podem ser locadas para uma única empresa de uma vez só ou por várias ao mesmo tempo, oferecendo a estrutura básica para o funcionamento: internet, água, luz, equipe de vendas, marketing e networking. “O Cais tem profissionais que podem contribuir para a melhoria dessas marcas. Quando uma empresa decide locar um espaço na loja, começa o trabalho de curadoria, feito para vermos se o produto vai ser bem aceito, se vai ter demanda, se já tem logomarca, o que falta desenvolver… Acho que tanto as empresas de comunicação e publicidade, quanto os coachs e assessores de planejamento que estão dentro do Cais podem contribuir muito para o crescimento desse produto exposto”, vislumbra Claudia.
Palavra do especialista
De acordo com o consultor do Sebrae Adriano Luiz Spanhol, esse conceito cresceu quando as dificuldades para inserção no mercado começaram a aumentar. Com menos abertura, houve a necessidade de procurar por custos mais baixos e usar mais a criatividade, apostando em experiências para o cliente e não apenas em oferecer um produto. “A partir do momento que o pessoal começou a focar em redução de custo, os novos entrantes começaram a chegar com uma certa vantagem em relação a quem já estava no mercado. As empresas passaram a se colocar mais no lugar do cliente e aprenderam a usar arte e design para proporcionar experiências únicas e entregar algo diferente para o consumidor”, comenta Adriano.
Para entrar nesse universo, o conselho é não ter receio de criar uma empresa que seja bastante especializada. “Quem trabalha com um nicho muito específico de mercado, tem vantagem em trabalhar dentro de uma economia criativa. A junção de pessoas faz com que os produtos sejam mais conhecidos. Então, a sua nova empresa não apanha tanto para se tornar conhecida, porque existem mais pessoas ao redor te ajudando, e você não está exatamente competindo com elas porque tem uma área bastante específica de atuação”, detalha o consultor.
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